“Consciência quântica” (no Vácuo da teoria)

‘A consciência é um singular… – cujo plural nos é desconhecido’ … (Erwin Schrödinger)

podiumbanner_forweb-1Talvez — a melhor oportunidade para uma breve revisão das futuras bem como atuais correntes do pensamento sobrepossíveis “processos globais do cérebro“… (que poderiam estar por trás da ‘consciência),  tenha sido apresentada em uma “corajosa” conferência interdisciplinar…realizada em 1994, no… “Centro de Ciências Médicas”…localizado na… “Universidade do Arizona”,    cidade de Tucson /EUA… O encontro de 5    dias sob o auspicioso tema “Consciência      – por uma base científica“…conseguiu  atrair 46 oradores, entre eles … filósofos e “teóricos da complexidade“… além de neurobiologistas… físicos quânticos … etc.    Na certeza de não perder… qualquer nova perspectiva… — havia até mesmo…alguns ‘analistas Jungianos’…e pesquisadores de “estados alterados da consciência”.

E ainda… para aqueles que não tivessem a chance de falar durante a reunião oficial, havia sessões à tarde, bem disputadas pela maioria dos 300 participantes presentes.

Campo…ou processo?                                                                                                                 Ambos os pontos de vista têm longa tradição no pensamento filosófico…nos levando a ideias bem diferentes sobre tudo o que há na consciência, que precisam ser explicadas’.

Um grande número de ideias foi apresentado à conferência – sendo que delas…uma clara divisão emergiu. Os oradores tendiam a 2 pólos opostos de explicação; ou eles concebiam   a consciência como alguma forma especial de ‘campo‘… presença misteriosa, reflexiva, gerada pelo cérebro…(ou residindo como uma ‘alma‘ dentro dele) – ou… eles tratavam a consciência como um ‘processo cerebral‘… o padrão de informação criado sempre que   o cérebro funciona. – Em uma visão conservadora, a consciência é vista como algo fluido,  e sem emendas, um ‘campo inquebrantável’ de energia mental…Este “campo consciente”    pode existir em diferentes graus de força – variando em intensidade – entre humanos…e animais, ou mesmo entre sono e vigília…mas, de alguma modo, no fundo, é sempre igual.

O ‘grande enigma’ então é saber o que faz com que o nosso cérebro, de                      repente se ilumine – com o brilho mágico da… “experiência subjetiva”.

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Por outro lado, os que tomam partido do “processo de consciência”, procuram por um tipo bem diferente de definição. Eles veem a “consciência” – não como uma coisa em si…ou um ‘brilho misterioso‘, e sim… – como uma ‘tapeçaria passageira’ de conexões nervosas, numa temporária “teia de informação”… – criada por uma premente necessidade momentânea…de processamento…Nesta perspectiva, falar sobre consciência é como um salto no ar.

A consciência é simplesmente uma descrição do comportamento do sistema, um verbo que diz o que o sistema está fazendo…Tratar a atividade de um sistema como algo possuidor de uma existência própria – é como se o giro pudesse existir separado do pião… – ou a mente, independente do cérebro… – Na verdade… – se trata de cometer um erro linguístico grave.

Um uso imperfeito da linguagem conduziu a uma falsa distinção entre o cérebro e suas ações — ficando tão impregnado em nossa cultura — que agora achamos difícil tratar a consciência apenas como um “produto do cérebro”. Ver a consciência apenas como um processo neural, significa que não há nenhuma necessidade especial de um interruptor psíquico, um poder ou esquema misterioso – ligando o cérebro biológico à consciência.

Físicos & biólogos                                                                                                                          É tolo pensar na consciência como tendo algum mecanismo central simples‘.

Falando sobre diferenças…em “estilos conceituais”, durante um dos intervalos para almoço em Tucson, o neurocientista Christof Koch, sobre o contraste entre físicos e biólogos, fez esta observação: “Físicos esperam achar o segredo da consciência em        alguma grande ‘surpresa fundamental’ nas leis da natureza; e com grandes reflexos            nas ciências básicas, creem que a resposta seria profundamente simples, e bela…Já aqueles inclinados à biologia, se acostumaram a respostas complicadas, até mesmo bagunçadas… Assim como a vida, acreditam que a consciência não é o produto de          um único processo, ou mecanismo, mas sim de uma imensa profusão de processos.            E tal como em biologia essa complexidade exige diferentes níveis de explicação (de moléculas DNA…a ecossistemas), a mente abrigaria arranjos de múltiplas teorias”.

Desse modo, a consciência seria um fenômeno autodefinido como…a soma de toda e qualquer atividade neural acontecendo no cérebro — num dado momento particular.    Longe de ser um campo sem costuras da consciência, a mente se tornaria algo ‘assaz periclitante’…repleta de afazeres…formada dos mais diversos padrões…saltando por      sobre os circuitos do cérebro, a cada momento particular. – E assim, eventualmente,    talvez até pudesse ser possível considerar – com toda habilidade disponível – muito    desses detalhes, dentro de algum conceito estatístico, incrivelmente bem formulado.

Assim como a “teoria da evolução” consegue capturar a dinâmica essencial de sistemas vivos, a “teoria de complexidade” está dizendo algo sobre ‘sistemas autorganizados’ em geral. É claro, acrescenta Koch, na verdade poderia muito bem ser um pouco de ambos.consciente-na-5d

A mente poderia ser a soma de suas partes num jogo de padrões de processamento, surfando nos circuitos do cérebro… em um dado momento. Contudo, também poderia      ter uma ‘reviravolta’ nessa história…algo que revelasse processos do cérebro, ligados a estados conscientes…dos muitos outros…que nunca chegam a um nível privilegiado.

As duas tendências opostas… a física – e a biológica; a ‘visão de campo’…e a ‘visão de processo’, são bem fundamentadas na história das tentativas de explicação da mente.      No século 17, a ideia de consciência como algo extra aos “fios cegos” do cérebro físico estava clara no dualismo entre o filósofo René Descartes e sua visão Cristã da alma humana; e a “escola associacionista” britânica, inspirada em Thomas Hobbes e John Locke tentando converter a vida mental a termos de micro-acumulações orgânicas.

No século 20… a divisão continuou. Várias escolas de pensamento, como                        psicologia Gestalt…e o movimento ‘Nova Era‘ — representando a ‘visão                          de campo‘ – enquanto behaviorismo, ciência cognitiva…e a filosofia ‘funcionalista‘, têm sido os mais árduos defensores da visão processual

Em Tucson, os 2 pontos de vista estavam presentes em suas versões mais modernas e atualizadas; metade da conferência foi tomada por uma intrincada ‘explicação mental’    da…”mecânica quântica” – na qual se pensava que regiões do cérebro poderiam se iluminar, e se tornar introspectivamente conscientes através do fenômeno conhecido como “coerência quântica”. Enquanto isso, a outra metade da conferência foi tomada igualmente pela satisfatória promessa de uma nova visão orgânica da menteachada cientificamente nas redes neurais via ‘teoria da complexidade. Estas ciências pareciam querer mostrar como a natureza da ordem mental, a partir de uma conexão massiva de bilhões de células nervosas no cérebro… insolitamente poderia surgir.

“Conexionismo Neural”                                                                                            ‘Pensamentos e sensações não escorrem para um fundo mental; visão que o filósofo Daniel Dennett descarta como…a ‘falácia do teatro Cartesiano’.                   Ao invés disso, são todos os nossos pensamentos e sensações de um momento,    amontoados juntos, que…surpreendentemente – definem a nossa consciência’.  

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Se ‘scanners de cérebro’ estão fornecendo a ‘evidência experimental’… e reaproximação entre psicologia e neurologia, permitindo o clima necessário a uma pesquisa produtiva,   espera-se que o “conexionismo neural,     de certa forma — seja a teoria (processual)  que finalmente, explicará a “consciência“.  Entretanto…o encontro de Tucson – assim como várias outras conferências sobre este tema, naquele ano, fervilhava de excitação, com a mais recente onda de explicações da ‘mente’… – a partir da teoria quântica.

O claro objetivo, ao menos para alguns cientistas, era saber porque aqueles “scanners cerebrais se tornariam quase…irrelevantes em relação às questões mais profundas sobre a ‘consciência humana‘. – A ideia de que o estranho mundo quântico pudesse conter respostas para a consciência…possui longa história. Pensamentos nesse sentido, datam de… pelo menos tão cedo, quanto à publicação do livro …Quantum Theory“, escrito pelo físico David Bohm, em 1951. – Mas, recentemente, a especulação chegou a ponto de se tornar quase uma crença popular, como argumenta o físico Roger Penrose:

‘O que mais poderia explicar os mais intangíveis aspectos da mente…como livre arbítrio, intuição, criatividade, e a unidade subjetiva da experiência?’

Durante a sessão de abertura, no auditório do hospital universitário — iluminado pela luz ambiente do deserto, o filósofo da…’Washington University’… David Chalmers – resumiu de forma excelente…a expectativa da conexão quântica  – quando disse… em tom irônico:

A consciência é um mistério, a mecânica quântica é outro. Quando você                          tem 2 mistérios… bem, talvez haja apenas um… Talvez, sejam o mesmo“. 

Um esboço da física quântica                                                                                                É como se, desfocados pelo espaço e tempo – elétrons e fótons… podendo                          explorar toda gama de possíveis valores acessíveis… colapsassem em um                          estado definido de ser, quando alguém – com uma pinça – os alcançasse”. 

A física quântica esboça um quadro estranho do universo. De acordo com suas equações, matéria e energia assumem 2 personalidades; às vezes se comportam como partículas, e outras como ondas – de acordo com o modo como são medidas. – Como resultado desta dualidade fundamental, matéria e energia se tornam indeterminadas em muitas de suas qualidades…como velocidade, posição e giro – até que sejam fixadas pelo ato de medida.

Até mesmo… mais paradoxalmente, quando 2 objetos quânticos são o resultado da mesma interação tal como o par de raios gama emitidos pela aniquilação…’pósitron/elétron’, eles interagem de forma que, medir umdeterminará todas qualidades  do outro … não importa quão longe estejam. – Poderiam estar viajando em direções oposta da galáxia … há milhões de anos – que ainda assim, se conectariam — “imediatamente”.

Esta interação não-local, ou ‘coerência quântica, parece violar a teoria da relatividade de Einstein… em sua proibição de qualquer evento acontecer mais rápido que a velocidade da luz… É como se a partícula gêmea ‘soubesse’ imediatamente sobre a medida – ou, como se o ato futuro de medida tivesse sido previsto – de alguma forma, no momento em que os raios se separaram. ‘Enquanto tais estranhezas fazem a física quântica difícil de se aceitar;  matematicamente…é uma “visão do Universo” — que funciona excepcionalmente bem’.

Usando a…”ferramenta estatística” conhecida como “função de onda”, se pode descrever – por exemplo…  o estado espalhado de um elétron com precisão total…através de um  … “gráfico de probabilidades“.  Assim, mesmo não podendo dizer, sem a medição… exatamente onde um quantum… em dado momento, está…temos uma probabilidade de encontrá-lo; e também saber quão rápido estaria se movendo…e qual tipo de giro, seria o mais provável.

Uma das características mais importantes dessas equações de “função de                            onda”… – é que podem ser usadas – não só para descrever o envoltório                            de possibilidades contendo uma partícula individual… – mas também,              sistemas inteiros como átomos, moléculas, cérebro, e o próprio Universo.

O problema da consciência                                                                                                        A consciência – ao inventar signos… se desenvolveu apenas sob pressão da necessidade humana de comunicação… Sob a influência do conhecimento crescente – e, na tarefa de incorporar o saber em si, um hábito herdado cede lugar a outro, tornando-o instintivo.’   (W. Stegmaier – “Do Pensamento de Nietzsche”)

Há muitos modos de interpretar os enigmas da física quântica. Num deles, as dificuldades se originam de tentar preservar a ideia da partícula…quando – em realidade, a única coisa que existe a nível subatômico de efeitos quânticos são ondulações no tecido espaçotempo.  Às vezes estas ondulações parecem se comportar como partículas… suas cristas se cruzam, criando o que parecem movimentos e colisões. – Porém, a ‘energia’ e a ‘massa’ de tal onda permanecem incertas… – impossibilitando medir simultaneamente… – e com exatidão, a posição e velocidade de uma ‘partícula’ individual…Outros, no entanto…interpretaram as estranhezas da física quântica de forma bem diversa…pensando não ser nossas tentativas de preservar a ficção de partículas subatômicas que estão erradas – mas sim…o problema do observador que tem alguma ligação profunda e misteriosa com a ‘consciência humana’.

A “física quântica” diz que – toda partícula existe…’aparentemente’, como um feixe de ‘possibilidades superpostas’… um estado caótico de energia, seguindo todo caminho possível até que haja um ‘ato de medida’   para fazer “colapsar a função de onda“.  Alguns físicos…no entanto…acreditam que uma… interação entre partículas como, por exemplo uma…”colisão se trata    de um processo ‘auto-suficiente‘ – isto é, independente do ‘observador’(onde cada colapso proporciona um novo rastro de “possibilidades quânticas”; todas descritas    através de uma função de onda original).

Mas também — há vários físicos acreditando que partículas só se tornam                            ‘reais como o resultado da observação humana. — É apenas quando um                      observador sabe (se tornou consciente) do resultado de uma experiência                          quântica, que…de fato uma função de onda “colapsa”. Levando esta ideia                            ao extremo… o Universo requer testemunhas humanas até para existir. 

Antes mesmo da mente humana surgir – presume-se que o Universo deva ter vagado em uma espuma não resolvida de possibilidades. Mas agora, felizmente, a evolução   da vida humana ‘senciente’… o colapsou em forma!”… (de uma máxima ‘criacionista’)

Entretanto…até mesmo aqueles que acham demais pensar que o universo poderia se dobrar perante a existência humana…percebem que os paradoxos da teoria quântica sugerem algo sobre nossa consciência. – Precisamente como um sistema quântico, a mente humana criativa … parece provar muitos caminhos e resultados … correndo à      frente de si mesma com palpites e intuições; antes de colapsar sua função de onda, e  formar o ‘estado resolvido‘: nosso próprio fluxo lógico, focalizado no pensamento.

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Parece plausível que a consciência humana seja resultado do cérebro descobrir — no decurso da evolução … a lidar com efeitos quânticos sutis…  Enquanto o cérebro do…’mais simples’…animal        pode ser verdadeiramente autômato…não mais        que um computador biológico cego…conosco, e alguns outros “parentes próximos“…chipanzés,      por exemplo, foram encontrados acessos a uma eventual formação de um campo de…’coerência quântica’, envolvendo o cérebro como um todo,        de modo ‘globalmente consciente’…E temos, da          vida – o maior desejo em entender…aquele seu        íntimo mistério: — “Como surgiu essa faísca de    razão…numa consciência trancada a 7 chaves?”

Ao olharmos os últimos séculos de ciência e filosofia, não obtemos muitas respostas. Pior ainda… – as teorias oficiais, até onde alcançam… são extremamente mecanicistas, ao nos tratar – seres humanos, como pacotes de reflexos, ou máquinas calculadoras vazias. Elas ainda não conseguem nos contar…o que realmente queremos saber… Como ajustarmos um panorama contínuo de sensações, sentimentos e ideias… dentro de nossas cabeças? 

A física quântica, não apenas parece pronta para oferecer uma resposta ao modo como os ‘sombrios mecanismos‘ de circuitos do cérebro poderiam, pela consciência, de repente se iluminar… – ela também parece apta a responder… por algumas das qualidades especiais associadas ao ser humano…a saber… criatividade, imprevisibilidade, e liberdade. Quanto mais ‘cientistas cognitivos’ tentam nos empurrar…”fluxogramas computadorizados”…ou neurologistas, diagramas de obscuros circuitos de plasma…mais clamamos uma razoável explicação de um…’mecanismo‘ – que faça a consciência surgir dentro de nossas cabeças.

John McCrone…‘Going Inside – a tour around a single moment of consciousness’      capítulo bônus (tradução: Kentaro Mori — ago/2009) “Como o cérebro funciona”  **************************************************************************

Podem efeitos quânticos do cérebro explicar a consciência?                                      A ideia de que a consciência surge no cérebro…a partir de fenômenos                            quânticos é intrigante, mas carece de evidências…dizem os cientistas.

O físico Roger Penrose, da Universidade de Oxford, e Stuart Hameroff…anestesiologista      da Universidade do Arizona propõem que o cérebro humano atua como um computador quântico — máquina computacional, que faz uso de fenômenos da…’mecânica quântica’: tal como a ‘superposição’ (surpreendente capacidade das partículas microscópicas de estarem em 2 lugaresao mesmo tempo); para deste modo realizar cálculos complexos.

No cérebro – fibras dentro dos neurônios podem formar unidades básicas da computação quântica, relataram Penrose e Hameroff no ‘Congresso Internacional Global Future 2045’. A ideia é atraente porque a ‘neurociência’…até agora, não tem uma explicação satisfatória para a ‘consciência’ (estado autoconsciente de ter experiências e pensamentos sensoriais). Mas muitos cientistas são céticos – citando falta de evidências experimentais para a ideia.

O modelo “Orch OR”                                                                                                                    Penrose e Hameroff desenvolveram suas ideias de forma independente,                                  mas passaram a colaborar no início dos anos 1990 – para desenvolver o                            modelo…por eles chamado “redução objetiva orquestrada” (“Orch OR”).

O trabalho de Penrose baseia-se numa interpretação do “teorema da incompletude” do matemático Kurt Gõdel, que afirma que certos resultados não podem ser provados por        um ‘algoritmo computacional’. Penrose argumenta que os matemáticos são capazes de provar os assim chamados…’resultados improváveis’ ​​de Gõdel – e, portanto…’cérebros humanos’ não poderiam ser descritos como computadores típicos.Para atingir estas ‘habilidades superiores’os processos cerebrais teriam a ajuda da ‘mecânica quântica’.

Mas a teoria de Penrose, de fato, não explicava como ocorria essa “computação quântica”    dentro do cérebro – apenas que o fenômeno seria necessário para resolver determinadas equações matemáticas. Hameroff então, ao ler o trabalho de Penrose, sugeriu que ‘micro estruturas fibrosas’ – que dão às células seu suporte estrutural – mais conhecidas como “microtúbulos, podem ser capazes de realizar computações quânticas. Microtúbulos são constituídos por unidades da proteína ‘tubulina‘ – contendo regiões onde os elétrons giram muito próximos uns dos outrosHameroff propôs que esses elétrons poderiam se tornar…quânticos emaranhados ou seja, em um ‘estado’ em que duas … ou mais partículas mantêm uma conexão instantânea, de modo que, uma ação realizada em uma, afeta a outra; mesmo quando as duas estão separadas por uma distância não desprezível.

No modelo Orch OR as probabilidades matemáticas que descrevem estados quânticos desses elétrons emaranhados nos microtúbulos, tornam-se instáveis ​​no espaço-tempo. Tais probabilidades são chamadas de funções de onda…e nesse cenário, elas entram      em colapso, passando de um estado probabilístico para uma realidade específica. – Aí,      os microtúbulos de um neurônio…poderiam ser ligados aos de outros neurônios – por meio de conexões elétricas conhecidas como “junções comunicantes”. – Essas junções permitiriam aos elétrons…”tunelar“…para outras regiões do cérebroresultando em ondas de atividade neural que são percebidas como uma… “experiência consciente”.

Problemas com o modelo               

Computadores quânticos são extremamente sensíveis ao…”ruído”…Para minimizar estas perturbações no sistema – é preciso isolar o sistema e mantê-lo bem frio (porque o calor faz com que as partículas acelerem, e gerem ruído)Construí-los portanto, é um grande desafio mesmo que as condições externas se encontrem ‘cuidadosamente controladas’.

Por esse motivo, por mais interessante que possa parecer, o modelo “Orch OR”…mesmo ainda não experimentalmente testado – já possui… para muitos cientistas – um nível de rejeição extremamente alto…Christof Koch e Klaus Hepp, da “Universidade de Zurique”, em um ensaio publicado em 2006…na “Nature” — disseram que: “Toda essa dificuldade sugere um quadro desolador à computação quântica, dentro do cérebro úmido e quente”.    Outro problema tem a ver com as escalas de tempo envolvidas na ‘computação quântica’.    O físico do MIT, Max Tegmark, ao calcular esses efeitos quânticos no cérebro, descobriu que os supostos estados quânticos cerebrais durariam muito pouco tempo para permitir um processamento cerebral significativo. Tegmark considerou ‘vago’ o modelo Orch OR, afirmando que os tempos encontrados por ele … para modelos mais concretos, estariam muito aquém do razoável. – E comentou: “Muitas pessoas parecem pensar que, sendo a consciência um mistério…e a mecânica quântica outro – então… estariam relacionados”.

O modelo Orch OR também atrai críticas dos neurocientistas. Para Bernard Baars,            CEO da Sociedade para Ciências da Mente e do Cérebro em “Falls Church”, EUA:              “O modelo afirma que as flutuações quânticas dentro dos microtúbulos produzem consciência. Mas, microtúbulos também são encontrados nas células das plantas”,                e acrescentou: “E plantas, pelo que sabemos, não são conscientes”. Tais críticas, a princípio não excluem a consciência quântica, mas sem evidências experimentais,            muitos cientistas permanecem incrédulos; como disse Baars: “se alguém fizer um             único experimento, provando a consciência quântica…abandono meu ceticismo.”

Adendo: (1 de julho de 2013)

Em resposta às críticas ao modelo Orch OR citadas neste artigo, Stuart Hameroff                oferece várias evidências… Sobre a objeção de que o cérebro é muito quente para computações quânticas, Hameroff cita um estudo de 2013…dirigido por Anirban Bandyopadhyay no ‘Instituto Nacional de Ciências Materiais’ (NIMS) – Tsukuba,                  Japão, que descobriu que“os microtúbulos tornam-se basicamente condutores                quânticos… — quando são estimulados em ‘específicas’ frequências ressonantes”.

Em resposta à crítica de que os microtúbulos também são encontrados em (não conscientes) células vegetais, Hameroff explicou que as plantas têm apenas um                  pequeno número de microtúbulos…provavelmente muito poucos para atingir o                limite necessário à consciência…Mas, ele também observou que Gregory Engel,                      da Universidade de Chicago, observou ‘efeitos quânticos’ na fotossíntese das                  plantas. E, sobre o assuntoHameroff comentou: “Se um tomate pode utilizar                    coerência quântica a alta temperatura por que nosso cérebro não poderia?”.

Em resposta às objeções gerais da falta de evidências para sua teoria, Hameroff citou          um estudo de 2013 elaborado por Rod Eckenhoff — da ‘Universidade da Pensilvânia’,        que sugere que os anestésicos (que só interrompem a atividade cerebral consciente)      agem através de microtúbulos. Esses estudos dão algum suporte ao modelo Orch OR.      Mas, como acontece a toda hipótese científica, um modelo deve acumular evidências significativas, a fim de obter ampla aceitação da comunidade. (texto basejun/2013 *****************************************************************************

O cérebro humano, esse ilustre desconhecido (jul/2013)                                                  Sendo tão complexo e dinâmico, nosso cérebro ainda é… em boa parte… uma hermética ‘caixa preta’… cujos segredos esperam por ser revelados. – Dele… nossa compreensão é absolutamente rudimentar, em comparação com nosso entendimento de outros órgãos.

ConexõesO ‘cérebro humano é a estrutura biológica mais complexa na Terra…Ele tem cerca de 100 bilhões de neurônios…Cada neurônio, tem milhares de ‘conexões‘ entre si – mas, podem também secomunicar à distância‘. Mudando ao longo do tempo — como pelo mecanismo daplasticidade cerebralsuas conexões sempre se alteram à medida que aprendemos, nos socializamos…passamos por estresse – ou…”variações ambientais”.

Isso quer dizer que nossos cérebros são… anatômica e fisiologicamente… constantemente alterados por experiências físicas e intelectuais… comuns no dia-a-dia – ou… por práticas explícitas, como ameditação“. Lesões cerebrais também podem provocar vários tipos de alterações na anatomia e na fisiologia do cérebro – para compensar a função perdida…ou maximizar “funções perenes”… – Somos assim, sempre submetidos a novas experiências.

Em busca de uma teoria do cérebro                                                                                  Nós simplesmente não sabemos o que acontece no cérebro quando o organismo                  pensa…interage com o mundo…recebe uma informação sensorial… – ou dorme.

Apesar dos grandes avanços tecnológicos na pesquisa do cérebro…durante as últimas décadas, os cientistas ainda não conseguiram nem mesmo descrever todos os tipos de células que compõem o cérebro e determinar as suas funções. – Para complicar ainda          mais as coisas… “o cérebro é mais do que a soma das suas partes”… Isto é, seus vários componentes não funcionam isoladamente – eles se comunicam uns com os outros, e trabalham juntos processando a informação, e produzindo memórias, pensamentos e comportamentos. Entretanto, os cientistas ainda não entendem como a informação é organicamente processada – seja no complexo cérebro humano … seja em um ínfimo verme…cujo sistema nervoso é composto por apenas algumas centenas de neurônios.

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“craniac-grey” – Michael Dubois

Noutras palavras — ainda não existe uma teoria sobre o funcionamento de um cérebro saudável, capaz de explicar como pensamentos…memória      e comportamento surgem no cérebro a partir de atividades dinâmicas, quaisquer que sejam. – E este vácuo teórico tem persistido, ao longo da história…ainda que suas atividades moleculares, celulares e neuronais, estejam – continuamente, sendo estudadas, assim como o comportamento das muitas espécies; incluindo “seres humanos”.

Entretanto as relações entre estes dois tipos de fenômenos: fisiológico e comportamental,    bem como a sequência de eventosque traduz    um no outro, continuam sendo um…’mistério.

Ao gerar um método de prever como micro-eventos cerebrais produzem comportamentos, e vice-versa…uma “teoria da função cerebral” estaria para a “neurociência”…assim como a ‘evolução’ à biologia; a ‘tectônica de placas’ à geologia…ou a ‘relatividade’ para cosmologia.

Mas, incapazes de explicar como um cérebro normal funciona – os cientistas ainda não conseguem entender como lesões traumáticas e doenças, tais como Alzheimer, autismo, esquizofrenia e epilepsia, prejudicam seu funcionamento, nem por conseguinte, podem determinar como devem ser tratadas. E John Wingfield, diretor da “Fundação Nacional      de Ciências” (NSF) dos EUA… deu um sentido final… – à suma importância da questão:

“Quando os cientistas afinal descobrirem… como o cérebro funciona;            não importa quanto tempo isso demore – tal conquista … deverá ser considerada o maior feito científico de toda história da humanidade”.

A NSF está por trás de um esforço anunciado recentemente pelo governo dos EUA,        para tentar compreender o cérebro humano. A ideia…na verdade…é uma tentativa            de alcançar outros grupos mais avançados – como o… Projeto Cérebro Humano,          que tenta recriar um “cérebro virtual”… – em um “supercomputador”. (texto base*****************************************************************************

“Teoria quântica da mente” ganha sustentação experimental  (jan/2014)              Uma nova teoria sobre a consciência… ainda controversa no meio científico, ganha      apoio experimental… – Os novos dados mostram… que a consciência deriva de um        nível mais profundo de atividades – em escala ainda menor do que os neurônios.

emaranhamento_quantico_grandeNa verdade, essas atividades ocorrem dentro dos próprios “neurônios”, mas não…nos processos celulares normais,  ou nas conexões entre eles;  e sim, em uma interação molecular, onde as leis físicas que operam são reguladas pela mecânica quântica‘. Os resultados do ‘estudo’ – foram publicados na revista científica … “Physics of Life Reviews

A teoria é denominada “Orch-OR”… sigla para “orchestrated objective reduction”…ou ‘redução objetiva orquestrada’…O responsável por esta nova “teoria da mente” é Stuart Hameroff…em parceria com um dos atuais expoentes da física… Roger Penrose. – Eles defendem a tese de que, as assim chamadas computações vibracionais quânticas nos microtúbulos se dispõem de forma orquestrada (Orch) por entradas sinápticas,      e memórias armazenadas nos microtúbulos; finalizadas numa redução objetiva (“OR“).

A recente descoberta de vibrações quânticas em microtúbulos…dentro dos neurônios do cérebro, dá sustentação a esta teoria. De acordo com Hameroff e Penrose…a consciência surge de alguma coisa… — “além das computações” … que a ciência ainda não descobriu, eventualmente porque não admite a possibilidade de sua existência. Os 2 pesquisadores sugerem que ritmos de ondas cerebrais normalmente gravados por eletroencefalograma, também derivam de vibrações (em nível mais profundo) dos microtúbulos (componente principal do esqueleto estrutural celular), e… na prática…tratar suas vibrações cerebrais, trará benefícios a uma série de pacientes com doenças mentais ‘neurológicas/cognitivas’.

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“Deve haver algum truque, algum mecanismo secreto, e talvez sobrenatural, que negocie a transferência da matéria inanimada, para a mente animada”.

Origens da consciência

Desde o seu lançamento, a teoria “Orch-OR” foi muito criticada, por base em um argumento do cérebro…com tipo quente,  barulhento…e molhado demais – para assim sustentar … “processos quânticos”.  Todavia…experimentos já comprovaram umacoerência quântica quente”  na fotossíntese de plantas…nos sistemas  de navegação no cérebro de pássaros, no olfato humano, e em “microtúbulos” nas células cerebraiscriando a consciência, como um “efeito quântico gravitacional”.

Hameroff e Penrose foram questionados sobre isso da seguinte forma… “Se a origem da consciência reflete o nosso lugar no universo, a natureza da nossa existência; será que a consciência evoluiu a partir de cálculos complexos entre neurônios do cérebro…como a maioria dos cientistas afirma?…Ou será que a consciência, em certo sentido tem estado aqui o tempo todo … como abordagens espirituais defendem?”… – E eles responderam:

“Isso abre uma potencial “Caixa de Pandora”mas a nossa teoria acomoda os 2 pontos    de vista, sugerindo que a ‘consciência’ deriva das vibrações quânticas nos microtúbulos: proteínas poliméricas dentro dos neurônios no cérebro, que tanto governam as funções neuronal e sináptica, quanto conectam os processos cerebrais; àqueles ‘autorganizados’ em escala mais fina… – em uma estrutura quântica… protoconsciente… da realidade.” 

(A descoberta das vibrações quânticas de elevada temperatura nos ‘microtúbulos’,             dentro dos neurônios cerebrais foi realizada no Instituto Nacional de Ciências dos Materiais – Tsukuba /Japão pela equipe de Anirban Bandyopadhyay) ‘texto base’  ******************************************************************************

neuroscience.brainwavesA Física Quântica na Consciência                            “Consciência é a memória inserida no tempo” (F. Pessoa) 

A tese que pretendemos examinarcom maior cuidado, não é o papel da consciência na ‘teoria quântica’…mas, o papel da teoria quântica – nas…”teorias materialistas da consciência”. Os principais argumentos em favor da tese      de que a ‘física quântica’ é essencial à ‘consciência’são:

a) O cérebro como computador quântico. Conceito defendido pelo físico David Deutsch. O problema neste argumento é que o cérebro é muito quente para tal computação ocorrer.

b) O cérebro computaria “funções não-recursivas”. Computadores clássicos e quânticos só podem computar funções recursivas, mas o pensamento humano (por exemplo, a intuição matemática) extrapolaria esta limitação…Segundo Roger Penrose, uma solução inovadora ao problema do colapso na mecânica quântica, talvez solucionasse também esse problema da consciência. – Entretanto, ainda não ficou “rigorosamente” provado que o pensamento humano possa ter a…”capacidade intrínseca”…de computar funções não-recursivas.

c) Um fenômeno quântico semelhante àcondensação de Bosepoderia ocorrer no cérebro. (Ian Marshall). Tal fenômeno é observado a baixas temperaturas quando um grande nº de partículas se comporta identicamente. – Foi inclusive proposto um modelo biológico deste fenômeno de ‘coerência’ à temperatura ambiente, envolvendo moléculas dipolares. Alguns pesquisadores afirmam ter “evidências” da ocorrência deste mesmo fenômeno, no cérebro.

d) O cérebro seria regido por leis análogas às da mecânica quântica. – Em “neurociência” existe uma abordagem…supondo que a dinâmica convencional do neurônio e da sinapse, não é fundamental, e que funções cerebrais seriam descritas por um “campo dendrítico“, obedecendo as equações da ‘teoria quântica de campos’… Tal abordagem matemática foi inspirada no modelo “holonômico” proposto por Karl Pribram (anos 60), para o cérebro.

É de se notar no entanto, o fato de que leis análogas às da ‘mecânica quântica’ possam descrever ‘funções cerebrais’ – não implica que tais funções constituam um fenômeno quântico. Ademais… em tais modelos não se introduzem medições que possam causar “colapsos” – o que sugere que a descrição destes autores é meramente… “ondulatória”.

e) A liberação de neurotransmissores é um processo probabilístico…que seria descrito apenas pela física quântica. Tal liberação, chamada de “exocitose, ocorreria dentro de uma probabilidade relativamente baixa (a cada 5 impulsos nervosos chegando à vesícula sináptica de ‘células piramidais’ do ‘neocórtex‘, apenas 1 liberaria o neurotransmissor).

Segundo John Eccles, a mente (que em sua visão…não dependeria do cérebro) poderia alterar levemente tais probabilidades de ‘exocitose’…o que constituiria um mecanismo      de ação da mente sobre o cérebro. Filosoficamente…rejeitamos aqui, esse dualismo de Eccles. Em todo caso, se ele estiver correto, e a exocitose puder ser descrita pela teoria quântica, faltaria comprovar que a mecânica quântica é necessária para descrever este fenômeno, e de que forma este fenômeno está ligado com a emergência da consciência.

f) A nível subneuronal ocorreria processamento de informação. – Nos anos 70, descobriu-se que as células possuem uma delicada estrutura formada de ‘micro túbulos‘ de proteína, produzindo um “citoesqueleto“… É citada, de fato, alguma evidência experimental de sua função cognitiva…ligada à memória; além da função estrutural…e de transporte. – Como tais microtúbulos são cilindros com diâmetro de apenas 25 nanometros (ou seja…25 x 10.  e-9 m)…é provável que eles só possam ser adequadamente descritos pela ‘física quântica’.

De tudo isso, conclui-se que, alguns autores partem do princípio de que a consciência exerceria uma influência direta sobre processos naturais, e tentam mostrar como um modelo quântico da consciência daria conta deste e de outros tipos de fenômenos; contudo ainda não há uma evidência concreta de que a física quântica seja necessária    para explicar a consciência… Este é um campo em que os pré-julgamentos filosóficos possuem bastante peso. – E mesmo que tais hipóteses se confirmem, permaneceria a questão de… – se a consciência… a ser caracterizada de maneira precisa…faria uso de maneira essencial das características quânticas dos processos cerebrais. (texto base******************************************************************************

Consciência, Complexidade e Física Quântica                                                            Pesquisas recentes combinando neurociência e matemática demonstram que nosso    cérebro cria estruturas neurais com até 11 dimensões, quando processa informação. Dimensão, definida como espaços matemáticos abstratos, não outros planos físicos.

BBP_The_neocortical_microcircuitry

The Neocortical Microcircuitry (BBP)

Henry Markram, diretor doBlue Brain Project“, e responsável pela pesquisa em questão… — diz que, nosso cérebro regularmente, cria espaços e formas geométricas “multi-dimensionais” que se parecem com…”castelos de areia”. A equipe encontrou uma “organização neural” … naquilo que antes era tido, como um “padrão caótico”. – No experimento…as estruturas se organizaram em um todo ‘altamente dimensional’… uma “cavidade“… – Depois que a informação era processada… — a estrutura sumia. Isso quer dizer – que nossos ‘neurônios’ reagem a estímulos…de maneira extremamente organizada, sempre…construindo, destruindo e reconstruindo suas estruturas, dando uma mínima possibilidade de tentar entender… um dos maiores mistérios da neurociência…a ligação entre a estrutura cerebral, e a forma como processamos todas “informações”.

Alguns cientistas acreditam que já sabemos o que é a consciência, ou que ela é mera ilusão. Outros invocam a física quântica para tentar explicá-la. Entretanto…explicar          um mistério com outro, nem sempre é bem visto… Inúmeras tentativas foram feitas        para negar essas explicações que parecem um tanto místicas. Porém elas resistem e, continuam retornando… cada vez mais fortes. – Na nova era de se desenhar futuros quânticos na computação – o interesse pelo funcionamento de ‘coisas inexplicáveis’,        que nosso cérebro é capaz de fazer, se desenvolve. – O “efeito do observador” sobre              o experimento…por exemplo…foi uma das primeiras descobertas a chocar o mundo científico…trazendo à tona a ideia de que não somos separados do ‘mundo objetivo’.

Nesse sentido, uma boa pergunta… é saber se o modo como o mundo se comporta,    depende de como – e se – olhamos para ele… ou seja… o que significa “realidade”?

Alguns cientistas consideram quepara entendermos a ‘realidade’ e a ‘consciência’, precisamos da física quântica…e vice-versa. Tudo ainda é especulativo, mas essas  teorias nos forçam a pensar de maneiras diferentes, encontrar novas possibilidades.        Em alguns experimentos, determinadas partículas se comportam…não só…como se          soubessem ser observadas…mas mesmo como se adivinhassem o que queremos ver.

A ideia de que nossa percepção altera o mundo a nosso redor…e nos altera, não é nova. Práticas milenares como Tai Chi Chuan, Yoga, meditação, acupuntura, entre outras, já    nos dizem isso há mais de 3 mil anos. Na filosofia…correntes como a fenomenologia existencial também nos falam do conceito de “Dasein, como ‘Ser-já-sendo-no-mundo-com-outros’. Construir, desconstruir, e reconstruir novas estruturas; bem como nosso cérebro é uma possibilidade  sempre aberta em nossas vidas. (texto base) fev/2017  *******************************************************************************   

Interpretações idealistas da física quântica                                                                    “No contexto da física quântica — uma ‘interpretação idealista’ é aquela que outorga à consciência humana um ‘papel essencial’ no desdobramento dos fenômenos quânticos”.

consciência.menteA ‘mecânica quântica‘ é uma teoria científica que descreve excepcionalmente bem diversos experimentos microscópicos; incluindo átomos, moléculas – e suas ‘interações’ com vários tipos de radiação (por exemplo a luz). Nos últimos anos… entretanto ela tem sido incorporada a visões de mundo místicas‘; sustentando ideias, comoconectar a nossa consciência individual, com uma espécie de hiper-consciência cósmica.

A extensão da teoria quântica a essas visões de mundo é possível, porque…da forma como é usada na física, só faz previsões sobre o que se observa, ou… é registrado em laboratório.  Todos físicos aceitam o formalismo mínimo da mecânica quântica, com regras e leis que fornecem todas previsões da teoria…sobre as probabilidades de se obter os mais diversos resultados de medições. Mas, a física quântica não diz nada sobre o que acontece por trás das “observações (as causas ocultas dos fenômenos)ou, sobre como uma observação é efetuada (os detalhes do processo de medição, ligando o objeto quântico…ao observador).

Isso faz com que cientistas e filósofos busquem ‘interpretar’ a mecânica quântica, de modo a construir uma visão de mundo coerente a respeito        da realidade… por trás das aparências… – e, do papel do “observador”.

Há muitas dezenas de interpretações propostas na literatura científica… mas todas têm uma ou outra “esquisitice” (algum aspecto contra-intuitivo)– O fato de sempre haver alguma esquisitice faz com que nenhuma interpretação seja hegemônica. Dentre essas dezenas de interpretações… – algumas delas podem ser classificadas como idealistas.

expanding-consciousnessO termo ‘idealista’ poderia se referir a alguém com um ideal…mas não é este    o significado… – por aqui empregado. Queremos usar o termo para designar qualquer corrente filosófica, em que a mente (‘ideia‘) tenha papel essencial, na formação do mundo…da realidade. Em geral – são essas…”interpretações idealistas” da teoria quântica, que são incorporadas pelas ‘visões de mundo’: místicas, exotéricase espiritualistas.

Na década de 1930, alguns autores, especialmente dois físicos chamados London e Bauer, propuseram que a consciência humana seria responsável pelo colapso da onda quântica; sendo esta, apenas uma das interpretações possíveis da teoria quântica…(a própria noção de “colapso” não é aceita por todas as interpretações)… – Não é proibido a alguém … com uma ‘visão mística’ de mundo…olhar para a “física quântica” … em busca de novas ideias ou modelos; contudo… é errado sugerir que essa ‘visão idealista‘ seja a única maneira de interpretá-laA mecânica quântica não implica necessariamente no idealismo.

A maioria dos cientistas ortodoxos (positivistas) interpreta a mecânica quântica sem tirar consequências idealistas – porém, mesmo estes terão que admitir que uma ‘interpretação idealista’…que se mantenha consistente com o formalismo mínimo da teoria quântica – é irrefutável e, portanto, precisa ser admitida como uma… possível explicação do mundo.  O físico Amit Goswami, no entanto, deu um passo além…ao defender (entre outras coisas) que a consciência humana pode influenciar as probabilidades da ocorrência de resultados de medição…indo em sentido contrário ao que diz o formalismo básico da teoria quântica. Com essa “cartada” Goswami sai do terreno puramente filosófico das interpretações…e adentra o terreno científico das “afirmações testáveis”. *** texto base (Osvaldo Pessoa Jr.)  ************************************************************************************

Consciência Quântica ou Consciência Crítica?  (Roberto Covolan)                                  A compreensão do cérebro é absolutamente rudimentar, em comparação                          com o nosso próprio entendimento – de outros órgãos do corpo humano. 

O advento da…’Física Quântica causou e tem causado, enormes mudanças na vida de todos nós. Nem sempre…e nem todos somos conscientes dos modos pelos quais uma tal…”revolução científica”, iniciada há cem anos…pode nos afetar, ainda hoje, mas – provavelmente já ouvimos falar sobre o seu impacto na evoluçãoda própria Física, e de toda controvérsia … advinda da ‘dificuldade conceitual’ na interpretação de tais… fenômenos quânticos.  Seus efeitos se estenderam para além da Física, desdobrando-se na Química (‘orbitais quânticos’), com implicações em ligações químicas; e Biologia (com a estrutura do DNA, e a genética molecular).

Mas, mesmo sabendo disso, estaríamos preparados para a possibilidade da própria consciência operar com base em ‘princípios’…ou ‘efeitos quânticos’?

Pois é o que andam conjecturando algumas das mentes mais brilhantes de nosso tempo, e alguns franco-atiradores também. – A descoberta do mundo quântico…que tanto impacto teve nas ciências e tecnologias, ameaça agora envolver o “etéreo” universo da psique. Mas, é preciso dizer que, na verdade…essa história não é tão nova assim… – Já ao início de sua formulação, a Física Quântica apresentou uma dificuldade essencial… a necessidade de se atribuir um papel fundamental à figura do ‘observador’ (aquele que realiza o experimento quântico). – Isso decorre do fato da teoria quântica ser de caráter não determinístico… ou seja, trata-se de uma teoria para a qual a fixação do estado inicial de um sistema quântico (um átomo, por exemplo) não é suficiente para determinar com total certeza, qual será o resultado de uma dada medida … posteriormente efetuada… – sobre esse mesmo sistema.

Pode-se porém, determinar a probabilidade de que tal ou qual resultado venha a ocorrer. Mas, quem define o que estará sendo medido, e tomará ciência de qual resultado se obtém-se com uma determinada medida é o observador. Diante disso, nas palavras de E. P. Wigner…“foi necessário        incluir a ‘consciência‘ – para complementar a mecânica quântica“.

A introdução de elementos subjetivos na Física Quântica… embora defendida por físicos notáveis como von Neumann, além do próprio Wigner, é considerada indesejável, tendo sido tentadas diferentes formas para contornar esse ‘problema‘ – que…aliás, é objeto de debate ainda hoje. – Contudo, não é tanto esse caráter epistemológico que se quer focar aqui, mas sim a possibilidade de certos efeitos quânticos, como parte do funcionamento    do cérebro, estarem envolvidos na ‘manifestação’ da consciência. Mas, antes de ir direto    ao ponto, convém frisar alguns aspectos da ‘dinâmica cerebral’ mais aceitos atualmente.

De forma resumida … pode-se dizer que descrições mais ‘convencionais’ apontam a consciência como sendo uma propriedade emergente das tarefas computacionais… efetuadas pelas ‘redes de neurônios cerebrais’. O cérebro, basicamente é como um ‘computador’, ao qual as excitações neurais (sinápticas) seriam estados de informação fundamentais (bits).

A partir desse mecanismo – certos padrões de atividades neurais teriam “estados mentais” correlatos, onde oscilações sincronizadas no tálamo e no córtex cerebral produziriam uma conexão temporária dessas informações – e a consciência surgiria como uma propriedade singular, emergente da complexidade computacional das redes neurais em sincronicidade.

Em geral, os enfoques quânticos não excluem o funcionamento do cérebro através de redes neurais (seria negar o óbvio), mas consideram que, apenas a complexidade não explica tudo, e situam “efeitos quânticos” como centrais à descrição da “emergência”,        ou geração do ‘eu consciente’. – Aliás, alguns desses modelos negam que consciência      seja uma propriedade emergente de redes neurais…operando além de um certo nível crítico de complexidade – todavia…consideram que a dinâmica cerebral, na verdade, organiza e faz aflorar algo, que já é…’propriedade intrínseca’ da natureza. (texo base*******************************************************************************  Consulta: ‘Seria a Física Quântica necessária para explicar a Consciência?’ (Osvaldo Pessoa Jr./1994) ## “Teoria da Cosciência” de David Chalmers (1997) ## “O Mito da Consciência Quântica” (Victor J. Stenger) ### “Consciência Quântica” – (Wikipédia)          *****************************(texto complementar)******************************

Um novo mecanismo, talvez responsável pela consciência humana (jan/2020)    Um grupo de cientistas fez recentemente uma descoberta, que pode ajudar a desvendar o mistério por trás da inteligência e consciência humana. – Após examinar as ramificações presentes entre conexões formadas por células nervosas, a equipe concluiu quealém de “trabalhar” juntosos neurônios, individualmente, também fazem estimativas e cálculos.

consciencia.A descoberta, segundo Tristan Greene, do site The Next Web, foi realizada enquanto era examinado o ‘funcionamento cerebral’ nas diferentes camadas do ‘córtex’: região mais complexa e ativa do cérebro… Por entre as camadas…foi detectada uma área onde o tecido é um pouco mais denso … e, mais detalhadamente observou-se que, nas 2ª e 3ª camadas corticaisneurônios pareciam executar tarefas e funções de modo independente – algo tido então, impossível.

Isso porque, de acordo com Tristan, o cérebro humano consiste numa rede neural que recebe, processa e envia informações por meio de milhões de conexões compostas por neurônios…que são os responsáveis por fazer esse trânsito de dados possível. – Assim, quando, por exemplo, caminhando … nos deparamos com um obstáculo qualquer — o cérebro deve decidir … a qual distância nos encontramos … se o obstáculo é grande ou pequeno se representa algum perigo e ainda como podemos nos esquivar dele.      Para isso… diferentes grupos de neurônios se dedicam a trabalhar nas variadas etapas      do problema, enviando informações ao cérebro…que, por sua vez…as processa — para decidir o que fazer… Órgãos de outros animais também são capazes de realizar tarefas complexas como essa, mas, até onde se sabe, a forma como o cérebro humano executa      suas funções tanto em nível consciente quanto inconsciente é totalmente única.

Todavia, os cientistas concluíram na pesquisa, que o cérebro humano também parece ser capaz de controlar a amplitude das atividades de forma a aumentar a eficiência e duração das informações transmitidas, pois tal característica, segundo eles, permite que um único neurônio possa se envolver em diferentes tarefas, e assim realizar operações lógicas…sem que precise, necessariamente, estar conectado a um determinado ‘grupo concreto’. – Esta capacidade de processamento de informações — conforme acredita a equipe … até agora só observada em humanos, pode ser o fator que faz a ligação entre…inteligência…matéria cerebral e consciência…ajudando a explicar como elas se manifestam em nós. (texto base**********************************************************************************

A consciência é um…”campo de energia”…afirma biólogo quântico (out/2020)  A hipótese de McFadden se afasta da maioria dos neurocientistas, que geralmente veem a consciência como uma narrativa que nosso cérebro constrói … a partir de nossos sentidos, percepções e ações…Em vez disso, ele retorna a uma versão mais empírica do dualismo, a ideia de que a consciência se origina de algo além de nosso cérebro – neste caso, energia.

consciencia-campo-energeticoUma nova ideia incomum em neurociência sugere que nossa consciência é derivada de um campo de ondas eletromagnéticas emitidas pelos neurônios, quando disparam suas cargas elétricas. A ideia é que essas… ondas de atividade elétrica sejam enviadas pelos…neurônios, e à medida que se propagam… pelas mais variadas áreas do cérebro, orquestram toda a nossa “experiência consciente”.

A pesquisa publicada no mês passado na revista científicaNeuroscience of Consciousnessfornece mais teoria do que evidências tangíveis…mas Johnjoe McFadden, que é diretor de biologia quântica da “Universidade de Surrey”, Inglaterra, afirma que pode abrir caminho para robôs com pensamentos próprios; ao mesmo tempo em que aponta falhas em outros modelos da consciência, como a razão de não termos uma inteligência artificial ‘senciente’.

Ao recriar essas ondas elétricas em máquinas, ele sugere ser possível aos engenheiros alcançar esse propósito…  “Como a matéria cerebral se torna consciente e consegue pensar… – é um mistério que tem sido ponderado por filósofos, teólogos, místicos…e o público em geral, por milênios”, afirmou McFadden — em um comunicado à imprensa: “Acredito que este mistério foi agora resolvido…e que a consciência é a experiência dos nervos se conectando ao campo eletromagnético autogerado do cérebro, para conduzir      o que chamamos ‘livre arbítrio’, incluindo todas nossas ações voluntárias.” (texto base*********************************************************************************

Seria a ‘Consciência’ — afinal … um efeito colateral da Entropia? (out/2023)        É impressionante que nossos cérebros humanos sejam compostos das mesmascoisas estelaresque formam o Universo, mas um estudo publicado em 2016 sugere que essa pode não ser a única coisa que eles têm em comum. — Assim como o Universo…nosso cérebro (semelhante ao princípio da ‘entropia‘) pode ser programado para “maximizar        a desordem” fazendo aconsciênciatornar-se, simplesmente, um…”efeito colateral”.

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Captação, comunicação e organização do caos poderiam ser o estopim para a “consciência”. [Getty Images]

‘Penso, logo existo’: a famosa frase creditada ao filósofo francês René Descartes — resume uma busca incessantee  bastante subjetiva, que assim como o conceito de‘consciência’, pode ser descrita…como a capacidade do Ser humano de conhecer sobre si: sua existência, seus sentimentos, suas sensações e seus atos.

Esse conceito é tão antigo…quanto a nossa própria existência, mas a partir de quando,      a “consciência”…em nós passa a existir?

A busca por compreender a consciência humana – capacidade de estar consciente de nós mesmos e de nosso entorno – acontece há séculos…Embora a consciência seja uma parte crucial do ser humano, ainda precisamos saber de onde ela vemquando começae, por que a temos. E, apesar de muitos estudos sobre essa questão fundamental do ser, até o momento, nenhuma resposta conclusiva foi encontrada. Mesmo assim…com todo esse desafio em mãos, um grupo de pesquisadores das Universidades de Toronto Canadá, e “Paris Cité”, desenvolveram um estudo inédito relacionando ‘consciência’ com ‘entropia’.

Caos da existência
Entropia é um conceito da termodinâmica que estuda o grau de desordem,                          ou melhor dizendo…”aleatoriedade”, dentro de um sistema físico qualquer.

entropia

Imagine as cartas de um baralho: quando perfeitamente ordenadas têm baixa entropiamas quando as ‘embaralhamos’, a entropia do sistema cresce…conforme o mais desordenado possível…’Sistemas simétricos’ apresentam portanto, baixa entropiaao contrário dos desorganizados, ou“aleatórios”.

Isto é o que muitos físicos acreditam que está acontecendo com o nosso Universo, que após o Big Bang, foi gradualmente passando de um estado de baixa entropia, para alta entropia; e como a segunda lei da termodinâmica afirma que: em um sistema fechado,        a entropia só pode aumentar, tal seria a explicação da direção única na ‘seta do tempo‘.  Extrapolando a ideia… os pesquisadores decidiram então aplicar este mesmo conceito,      às conexões em nossos cérebros…investigando assim, algum padrão na maneira como escolhem se ordenar enquanto estamos conscientes. Nessa análise, usaram “mecânica estatística” – como um tipo de teoria da probabilidade – para então modelar as redes      de neurônios no cérebro de 9 pessoasincluindo 7 com “epilepsia”, e assim, verificar        os efeitos de uma possível ocorrência de “entropia” no interior do…”cérebro humano”.

A epilepsia é uma comorbidade relacionada ao sistema nervoso central,                      causada por uma hiperatividade das células neuronais. Em momentos                                  de crise, uma verdadeira tempestade ocorre no cérebro, resultando em                  convulsão, desorientação, desmaios … entre outros sintomas. Ao longo                                  da crise, sinapses são disparadas aleatoriamente – em diversas regiões.

Todos os participantes tiveram sua atividade neuronal escaneada observando-se sincronizações nas mudanças de fase entre os estados de sono, vigília e durante crises      de epilepsia. Especificamente, os cientistas verificavam uma eventual…sincronização        neuronal‘, isto é, se os neurônios estavam oscilando em fase uns com os outrospara descobrir se as células cerebrais estavam ligadas ou não. Para isso foram analisados 2 conjuntos de dados: 1º) comparando padrões de conectividade quando os integrantes estavam dormindo e acordados. E, 2º) analisando a diferença quando 5 dos pacientes epilépticos estavam tendo convulsões, e quando seus cérebros estavam em um estado normal de “alerta”. Em ambas as situações, ocorreu a mesma tendência – os cérebros          dos participantes exibiram maior entropia…quando em estado totalmente consciente.

No artigo, publicado em novembro de 2016 na Physical Review E, a equipe observou        que…em estado de vigília (com a pessoa acordada e consciente)…existe um número maior de arranjos possíveis para a interação entre as redes neurais. Logicamente, isso acarreta em um alto grau de entropia no sistema…que, por sua vez, precisa aprender          a otimizar as informações recebidas dos diversos estímulos sensoriais. – E seria desta necessidade de “melhor aproveitamento” do cérebro — que… naturalmente … a nossa consciência emerge…como resultado da maximização de seu conteúdo de informação.

“Encontramos um resultado surpreendentemente simples: os estados normais de vigília      se caracterizam, pelo maior número possível de configurações de interações entre ‘redes cerebrais’, representando os maiores valores de entropia”; escreveu a equipe. Isso levou    os pesquisadores a argumentar que a consciência poderia ser apenas umapropriedade emergente de um sistema que está tentando maximizar a troca de informações. Nesta nova proposta portanto a consciência não passa de um efeito colateral do nosso cérebro,  se movendo em direção a um estado mais baixo de entropia. (texto base1) (texto base2)

Sobre Cesar Pinheiro

Em 1968, estudando no colégio estadual Amaro Cavalcanti, RJ, participei de uma passeata "circular" no Largo do Machado - sendo por isso amigavelmente convidado a me retirar ao final do ano, reprovado em todas as matérias - a identificação não foi difícil, por ser o único manifestante com uma bota de gesso (pouco dias antes, havia quebrado o pé uma quadra de futebol do Aterro). Daí, concluí o ginásio e científico no colégio Zaccaria (Catete), época em que me interessei pelas coisas do céu, nas muitas viagens de férias ao interior de Friburgo/RJ (onde só se chegava de jeep). Muito influenciado por meu tio (astrônomo/filósofo amador) entrei em 1973 na Astronomia da UFRJ, onde fiquei até 1979, completando todo currículo, sem contudo obter sucesso no projeto de graduação. Com a corda no pescoço, sem emprego ou estágio, me vi pressionado a uma mudança radical, e o primeiro concurso que me apareceu (Receita Federal) é o caminho protocolar que venho seguindo desde então.
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8 respostas para “Consciência quântica” (no Vácuo da teoria)

  1. Trindade de Assis disse:

    Muito bom!!! tava refletindo aqui se a glândula pineal seria esse ‘interruptor psíquico’, se ela junto com hipocampo sejam, talvez, lugares no cérebro mais suscetíveis as interferências quânticas, seria aonde as informações primárias ou melhor elétrons seriam medidos, levando, posteriormente, essas informações as demais partes do cérebro.. enfim apenas divagando.. a coerência quântica é sensacional, quando eu soube dela e outras visões da teoria quântica isso só me deixou mais curioso e satisfeito, estranho isso rs, e lógico com um monte de questões novas na cabeça.. Esse seu excelente artigo, me fez pensar e questionar mais ainda algumas teorias, sensacional, tava precisando.. Um filósofo e matemático q gosto muito Gotffried Leibniz criador do cálculo e do código binário “a linguagem dos computadores” , para mim ele é também um dos primeiros a terem a visão ‘quântica’ do estado das coisas, ideias de percepção do observador sobre a matéria, o movimento em seus textos sobre as mônadas são muito bons!

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    • Cesarious disse:

      obrigado amigo,
      na verdade o meu trabalho aqui é selecionar os textos que , de alguma forma me fazem refletir, e dar um polimento, acrescentando alguns aspectos novos e, acho eu, pertinentes, dentro de uma abordagem a mais científica possível; e você me parece bem familiarizado com a “coisa”.
      ABRAÇOS

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  2. elcienegalindo disse:

    Republicou isso em novaconsciência.

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